Em Mato Grosso, estima-se que pelo menos 170 novos casos de leucemia serão diagnosticados a cada 100 mil habitantes, totalizando cerca de 5,4 mil novos casos em 2024. Os dados são do Instituto Nacional do Câncer (INCA). A doença se caracteriza por ser agressiva e complexa, podendo se apresentar de várias formas.
O médico oncologista Tiago Cerzosimo, do Hospital São Mateus, explica sobre a complexidade deste tipo de câncer. “A leucemia é uma doença muito agressiva e com vários tipos, podendo ser classificada entre crônicas e agudas. As crônicas, geralmente, no primeiro momento são mais indolentes, mas a partir do momento que começa a se tornar aguda, precisa fazer tratamento, geralmente quimioterapia, e quando essa não funciona, começa-se a pensar em transplante e até CAR-T, a nova técnica cujos estudos avançam de forma promissora”.
Dentre as leucemias, existem as linfóides e as mieloides, sendo que a primeira acomete apenas os linfócitos, que é o conjunto de células que atuam na defesa imunológica do organismo, e a mieloide, que atinge o restante dos glóbulos brancos.
“Diante da suspeita de leucemia é realizado um hemograma, que pode demonstrar alterações em algumas taxas, já o diagnóstico é feito por meio de uma biópsia da medula óssea. Contudo, os sintomas são inespecíficos, porque pode acontecer perda de peso, febre noturna, infecção por repetição, e muitas vezes nas leucemias agudas, isso pode acontecer de forma muito rápida”.
Na maioria das vezes é uma doença genética não hereditária. “É uma doença que pode acometer desde crianças a idosos, sendo mais comum as linfóides agudas em crianças e as leucemias mieloides em adultos, sendo que as linfóides em crianças têm uma chance de cura muito maior do que em adultos”.