O câncer renal está entre os principais tumores incidentes entre os brasileiros, atingindo cerca de 12 mil pessoas e resultando em quatro mil mortes por ano, conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Sendo uma doença silenciosa, esse tipo de câncer tem um agravante que é não ser detectável em exame preventivo específico que possa ser realizado com frequência anual, como ocorre em outros tipos de neoplasias como de próstata, mama ou útero.
O médico oncologista Tiago Cerzósimo de Oliveira, que atende no Hospital São Mateus, em Cuiabá, explica que apesar da dificuldade de detecção, pessoas que possuem alguns fatores de risco devem ficar mais atentas.
“O tabagismo é um dos principais fatores de risco, principalmente, em homens e em negros – cuja razão ainda não está clara para a ciência. Quem possui hipertensão arterial e obesidade também devem redobrar a atenção, assim como quem possui histórico familiar de câncer renal”, explica o médico.
Entre os principais sintomas do câncer renal está a presença de sangue na urina, mas também é possível que o paciente sinta dor na região dos rins. “Outra situação que acontece com cerca de 30% das pessoas com câncer renal é a perda de peso. Geralmente, isso se dá decorrente ao um quadro de metástase, quando o tumor já espalhou por outros órgãos, e isso acaba tirando o apetite”, relata o especialista.
Quanto ao tratamento, Cerzósimo explica que se a doença estiver somente no rim, é possível fazer a nefrectomia, que é a retirada do órgão afetado. “Se for um tumor bem pequeno e dependendo da localização, dá para retirar somente o tumor, que consiste na nefrectomia parcial. Mas se for um quadro metastático, aí precisa ser feito um tratamento de imunoterapia e o uso de medicamentos inibidores de tirosina-quinase, que age na inibição do crescimento das células cancerígenas”.
O oncologista reforça que combater os fatores de risco é importante para reduzir as chances de câncer renal, o que inclui parar de fumar, manter o peso adequado e controlar a hipertensão arterial.