No início deste ano, a Organização Mundial da Saúde publicou uma lista de bactérias para as quais necessitam de novos antibióticos em escala de urgência. Elaborada em uma tentativa de orientar e promover pesquisas e desenvolvimento de novos antibióticos, a lista é composta por 12 bactérias resistentes ou super-resistentes aos tratamentos já conhecidos.
Bactérias são organismos procariontes que tanto são importantes para a nossa saúde, como é o caso da flora intestinal que é fundamental para o processo digestivo, nutritivo e imunológico, como podem causar diversas doenças com diferentes formas de contágio, sintomas, tratamentos e prevenção. Tétano, disenteria bacilar, tuberculose, meningite e pneumonia, por exemplo, são doenças causadas por bactérias e podem, com o avançar do quadro patológico, levar o paciente a óbito.
Existem inúmeras técnicas de controle microbiológico de ambientes, superfícies, objetos e pessoas, que são muito importantes no campo da saúde preventiva, e uma das mais eficazes é a sanitização.
A sanitização, como define a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), “consiste em reduzir microrganismos críticos para saúde pública em níveis considerados seguros” (Resolução 14/2007).
Durante a pandemia de covid, essa tecnologia foi muito utilizada para combater de forma preventiva o coronavírus. Contudo, sua importância é bem mais ampla e indispensável para garantir proteção contínua contra as bactérias vilãs.
A sanitização adequada reduz a incidência de infecções que podem ser provocadas por mais de 650 tipos de microrganismos nocivos à saúde, entre eles as bactérias. Isso porque a substância sanitizante se dá por meio de ação química que forma uma película protetora no ambiente e superfícies, que ficam protegidos contra a proliferação das bactérias e demais microrganismos.
Esse é o cuidado que devemos ter com nossa saúde e com a saúde dos que nos rodeiam, afinal, muitas patologias são transmissíveis de indivíduo para indivíduo. Também é importante ficar atento se os métodos de sanitização estão de acordo com a legislação e normas sanitárias vigentes, se são certificados pela ANVISA. Como se trata de uma atividade que utiliza produtos de uso profissional, os profissionais devem ser treinados e os equipamentos adequados para uma correta e segura aplicação.
Seguindo um cronograma pontual de sanitização é possível conter permanentemente as infecções por bactérias e garantir que sua saúde, de sua família, amigos ou do seu local de trabalho esteja protegido.
*Glaucia Brustolin é sócia-diretora da Dr. Sanitiza, empresa especializada em soluções em biossegurança, atuante em Mato Grosso há mais de 10 anos.