A saúde dos rins geralmente é ignorada até que os problemas decorrentes da insuficiência renal começam a demonstrar seus efeitos. E esse é um problema mais comum do que se imagina e segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), atinge um em cada 10 brasileiros.
No grupo de risco, hipertensos e diabéticos são os que mais devem se preocupar com a saúde dos rins, já que as doenças estão relacionadas a 60% dos casos de problema renal.
O nefrologista Jonathan Feroldi, que é diretor de qualidade do Hospital São Mateus, em Cuiabá, explica que existem outras origens para os problemas renais como doenças genéticas, entre as quais a doença renal policística do adulto, doenças sistêmicas como o lúpus e uso abusivo de determinados medicamentos como os anti-inflamatórios.
“A doença renal costuma ser silenciosa no início, sendo possível seu diagnóstico apenas com exames de sangue. Em estágio mais avançado, o paciente pode ter anemia e seus sintomas como fraqueza, assim como piora da hipertensão, urina mais clara, levantar a noite mais vezes para urinar e inchaço”, explica o especialista.
Jonathan ressalta que a doença mais avançada costuma apresentar sintomas como náuseas, vômitos, soluço e perda de apetite, o que é chamado de síndrome urêmica.
Para atuar de forma preventiva ante os problemas renais, Feroldi orienta que o controle da hipertensão e da glicemia é fundamental.
“Também se deve evitar o uso de medicamentos chamados nefrotóxicos como os anti-inflamatórios. Outra medida importante é beber no mínimo dois litros de água ao dia, e ter uma alimentação saudável, evitando consumo exagerado de sódio, além da prática de atividades físicas”, pontua.
Casos mais avançados de insuficiência renal podem levar à necessidade de diálise, que é a técnica de filtrar o sangue por meio de uma máquina.