Os serviços de mentoria de negócios tiveram um boom no Brasil nos últimos anos. Até então quase desconhecido ou pouco usual no país, o mentor passou a ser figura importante para empreendedores que desejam ampliar seus negócios ou até mesmo mudar de área de atuação.
De acordo com a Associação Brasileira dos Mentores de Negócios (ABMEM), em 2019 e 2020 o número destes profissionais disparou 78% em comparação ao ano de 2016, saindo de uma amostragem de oito mil para 35 mil mentores de negócios.
A média, conforme a instituição, é de crescimento de 19,5% ao ano, com possibilidade de superar este número em longo prazo. Mas por que este é um setor em expansão? Para o músico, arquiteto e produtor Eduardo Carvalho, a resposta pode ser resumida à “exclusividade”.
“Antes, tínhamos caminhos mais cartesianos para aprendermos o que quer que fosse: a escola, a graduação, um curso livre, uma pós-graduação, uma palestra ou workshop. Mas estas opções, que obviamente podem ser excelentes saídas para determinadas demandas, são mais globais e falam para públicos diversos e que, por isso mesmo, podem apresentar soluções genéricas. A mentoria, por outro lado, é uma ferramenta focada no problema daquela pessoa, daquele indivíduo”.
Outro ponto é que, hoje, com a ampliação da internet e o uso das redes sociais como ferramenta de trabalho, muitas pessoas se inspiram nas histórias de profissionais que até então sequer pensavam na mentoria como possibilidade de atuação. É o caso do próprio Carvalho.
Fundador da Cia. Sinfônica, a empresa está no mercado de eventos há 30 anos e no currículo conta com centenas de eventos, literalmente ao redor do mundo. “Exatamente pelo trabalho executado ao longo de tantos anos e com excelência, as pessoas sempre me questionaram: por que você não dá aulas? Por que não ensina sobre seu sucesso? E foi aí que entendi que sim, que poderia ensinar o que aprendi e tenho aprendido ao longo desses anos”, reflete Carvalho.
Assim, o CEO da Cia. Sinfônica tem aberto mentorias para aqueles que desejam entender mais do mercado de eventos ou, ainda, para os que querem mudar completamente a forma que atuam em uma área competitiva, mas também lucrativa como esta.
“Dentro das minhas estratégias de atuação, uma que acho importantíssima é saber precificar. Este é um problema geral. Costumo dizer que serviço não pode ser commodity. Você dá o preço que você quiser, mas por outro lado, tem que saber que valor é diferente de preço e trabalhar desta forma. Então, o que ensino também é virar a chave e entender que seu negócio é único e que para crescer, você precisa saber seu valor”, completa.
Do lado dos mentorados, as aulas têm dado resultados. Conforme o empresário Marco Vinícius Batista, que atua no mercado de eventos em Goiás, existe um claro “antes e depois” por meio da mentoria de Eduardo Carvalho.
“O que me levou a procurar o Eduardo foi ele ser referência no cenário de eventos no Brasil. A mentoria dele é fantástica e vale cada centavo pago. Ou melhor, vale mais do que o valor pago porque ele te estimula a ser um empresário melhor em todos os quesitos. E aqui faço uma referência especial ao overdelivery que ele tanto fala, que é entregar mais para o cliente do que ele contratou. Desde que fiz a mentoria, os números dos meus contratos dobraram e, em alguns casos, até triplicaram o valor. O cliente contrata feliz”, finaliza.