Por Alessandro Henrique Previde Campos*
Hoje é celebrado o Dia do Oncologista, o profissional médico especialista em detectar e tratar os mais diversos tipos de câncer. Atuar nessa área requer habilidades que vão além da capacidade técnica em lidar com a doença, também exige inteligência emocional para que a abordagem ao paciente, em um momento já fragilizado, possa garantir um atendimento humanizado.
A importância dessa data também projeta a preocupação que a medicina tem em relação à incidência de câncer. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que em média 10 milhões de pessoas morrem por ano no mundo em razão desse tipo de doença.
Para se ter ideia do que isso significa, a pandemia de coronavírus já matou 4 milhões de pessoas em um ano e meio. Neste mesmo período, o câncer já matou mais que o dobro de pessoas.
Vivemos uma pandemia de câncer no mundo. Evidentemente, que não podemos relativizar nem o câncer nem o coronavírus. O problema é que o mundo está adoecendo de forma muito rápida e preocupante.
Vários fatores influenciam nessa questão: o estilo de vida cada vez mais estressado; sedentarismo; alimentação ruim e tabagismo. De fato, não é fácil ser uma ilha de serenidade, tranquilidade e saúde em meio a um mar de toxicidades como é a realidade em que vivemos.
Mas é neste sentido que o oncologista entra em jogo como o médico da vida, fazendo uso das novas descobertas na área médica e possibilitado cada vez mais precisão nos exames e nos tratamentos contra o câncer. Essa realidade permite, por exemplo, que um paciente que faz exames periódicos, possa antever a existência de um tumor ou constatá-lo em sua fase inicial, com a possibilidade de iniciar de imediato o tratamento e até mesmo obter a cura sem grandes complicações ou sofrimentos.
Por outro lado, a pandemia tem trazido algumas dificuldades neste sentido. Muitas pessoas estão evitando o ambiente hospitalar com medo de uma possível infecção por covid-19, e com isso, protela a ida ao médico e isso pode ser decisivo no diagnóstico ou tratamento do câncer.
Enquanto diretor médico do Hospital São Mateus, em Cuiabá, posso afirmar que as boas práticas de biossegurança garantiram ao hospital o selo Covid-Free, concedido pelo Instituto Brasileiro para Excelência em Saúde (IBES), o que atesta que o hospital possui ambientes seguros para os pacientes não expostos ao vírus.
Vale destacar também que a oncologia, como uma ciência, a cada dia se debruça com mais dedicação sobre os diversos tipos de câncer. Por essa razão, aos meus colegas oncologistas e aos pacientes, o que desejo é que continuemos atuando e lutando, respectivamente, pela vida, pela saúde e pelo bem-estar.
*Alessandro Henrique Previde Campos é diretor-médico do Hospital São Mateus.