No mês dedicado à conscientização contra o câncer de pele, o alerta para a doença se intensifica, principalmente em relação ao principal fator de risco, que é a exposição ao sol. De acordo com estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), pelo menos 2,2 mil pessoas teriam câncer de pele em Mato Grosso este ano.
A médica dermatologista Juliana Franco, que atende no Hospital São Mateus, em Cuiabá, explica que alinhado à exposição solar, o baixo fototipo da pele também é preocupante.
“Por isso, é fundamental o uso de protetor solar, óculos de sol, chapéus e roupas com proteção UV, além de evitar exposição solar das 10 às 16h”, orienta a especialista.
Ela ressalta que a atenção deve ser redobrada para peles com muitas pintas ou que apresentam lesões assimétricas, com bordas irregulares, várias cores, com diâmetro maior que 5 milímetros, e quando a lesão tem evolução, como mudança de tamanho, forma e cor.
“Se suspeitar de alguma lesão, é necessária uma consulta com o dermatologista para que possa fazer a dermatoscopia, um procedimento que usa um aparelho que permite aumentar a lesão, no mínimo, 10 vezes. Este procedimento permite a avaliação das características de cada lesão e classificá-las como benigna, suspeita ou maligna, norteando assim a conduta a ser realizada”, detalha a médica.
Em razão do baixo fototipo – que é a escala de classificação da pele de acordo com a reação ao sol – pessoas com pele branca e suas variáveis, ou que têm histórico de câncer de pele, devem fazer visita anual ao dermatologista para avaliar a possível existência da lesão.
Diante do diagnóstico do câncer de pele, a médica explica que a principal forma de tratamento é a retirada completa da lesão.
“Mas existem lesões que são de alto risco, como melanoma, alguns carcinomas baso-celulares e carcinomas espino-celulares que podem requerer radioterapia e/ou quimioterapia como tratamento complementar. E para pacientes que possuem alto risco cirúrgico, temos a opção de usar medicamentos tópicos que atuam como moduladores da resposta imunológica, agindo como agentes anti tumorais”.
A dermatologista reforça que o uso do protetor solar é o mais importante para se evitar o câncer de pele.